terça-feira, 31 de dezembro de 2013

0 EM DEFESA DO DEFESO

 

Voltamos a falar sobre o DEFESO.

ultima imagem 2013A ANDADA é o período em que os caranguejos, machos e fêmeas ficam mais expostos aos predadores e especialmente aos catadores. Seus instintos de defesa e fuga estão superados pela necessidade de procriação. Nessa época os catadores não precisam colocar o braço no buraco nem colocar armadilhas. Tal fato levou a captura indiscriminada e foi necessário estudos para estabelecimento do DEFESO.

No mês passado um jornal de grande circulação demonstrou como facilmente é burlado o período de proteção a espécie. Conseguiu comprar em Itambí (Município de Itaboraí) caranguejos com facilidade, escreveu o jornalista. Sabemos da seriedade dos responsáveis pela fiscalização e da limitação de recursos humanos e de equipamentos frente a área de manguezal a ser protegida. O que nos causa indignação é que é o próprio usuário do recurso animal que faz isto. Eles recebem o Defeso Federal, complemento da administração municipal (pecuniária e em forma de cesta básica) e ainda assim sabotam a estratégia para proteger seu sustento.

Nós perguntamos: - Onde erramos?... O que precisa ainda mais ser feito?...

A partir de 01 de dezembro fica liberada a catação de machos, pois as fêmeas do Uçá ainda permanecem sob a proteção do DEFESO até dia 31, que é hoje.

Acredito que haja necessidade da criação de uma Guarda Municipal Ambiental para preservação dos recursos de nossa Biodiversidade contra a predação pela espécie humana, pois pelo que parece os incentivos, a mobilização, sensibilização não conseguiram conscientizar a todos.

Caro/a leitor(a), se você tem alguma ideia que possa contribuir para colaborar com a preservação dessa ou de qualquer outra espécie que se encontra sob pressão ou perigo de extinção, entre em contato conosco guardioesdomar@guardioesdomar.org.br

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

0 Projeto Uçá terá nova sede em 2014 e professores e alunos são beneficiados

 

caravana uçáNos últimos 18 meses, programa trabalhou na conscientização ambiental de 23 mil pessoas, entre estudantes e professores. Alunos ficam mais informados sobre a Baía

O Projeto Uçá, que nos últimos dezoito meses atendeu mais de 23 mil pessoas entre alunos e professores das redes estadual e municipal, ganhará nova sede em 2014. Entre outras novidades, o prédio do programa mantido pela ONG Guardiões do Mar contará com laboratório e auditório. As caravanas do Uçá levam para a garotada a coleção didática de animais in vitro (Baía de Guanabara). 

Além de conhecerem os animais, os alunos ainda participam de um jogo de tabuleiro onde a Guanabara é o tema e as crianças são os próprios peões. Após a passagem da caravana pelas escolas, os alunos ficam melhor informados sobre sua posição geográfica na Baía de Guanabara e a importância dos manguezais para o macro ecossistema. Por outro lado, os professores saem das atividades com novas ferramentas didáticas para trabalhar o assunto.

Segundo Pedro Belga, coordenador do Projeto, o Uçá foi o maior presente de aniversário dos Guardiões do Mar. «É um retorno às origens (ambiental) e seus resultados são uma conquista de toda a sociedade. Afinal se conseguirmos crianças e jovens com uma mentalidade ambientalmente correta e socialmente justa, toda a sociedade ganha, hoje e no futuro mais ainda”. 

Com o patrocínio da Petrobras por intermédio do Programa Petrobras Ambiental, os educadores ambientais e biólogos do Uçá vêm percorrendo escolas em seis municípios do leste fluminense no entorno da Baía de Guanabara. O objetivo é mostrar através de trabalhos lúdicos e didáticos que é possível minimizar os impactos da poluição neste ecossistema. Fazer com que jovens e crianças sejam multiplicadores de boas práticas ambientais é o maior objetivo.

Para reaplicar a ideia, o Projeto Uçá fechou parcerias, entre elas, com a Secretaria de Estado de Educação, possibilitando a realização do Curso de formação Continuada para professores. 5.690 professores poderão utilizar novas atividades práticas na área de Educação Ambiental. A Bióloga Sabrina Sodré, gerente de educação ambiental do projeto, destaca a receptividade dos professores e já sonha com alunos melhor informados e replicadores dessas práticas. 

O Projeto dentre outras ações está monitorando as diferentes fases de vida do caranguejo Uçá. Mobilizações e palestras também estão acontecendo para que a população em geral tenha a consciência do papel dos mangues para a vida do planeta.

http://www.ofluminense.com.br/editorias/cidades/projeto-uca-tera-nova-sede-em-2014

domingo, 15 de dezembro de 2013

0 BRINCADEIRA QUE EDUCA

 

Fluminense 1

Fluminense 2

sábado, 7 de dezembro de 2013

0 Corrente de Lixo

 

Existem duas manchas de resíduos que ficam no meio do oceano Pacífico. Essas duas grandes massas de lixo são conhecidas como Porções de Lixo do Pacífico Ocidental e Oriental, às vezes são chamadas coletivamente de Grande Porção de Lixo do Pacífico. A Porção de Lixo Oriental flutua entre o Havaí e a Califórnia; os cientistas estimam que seu tamanho seja duas vezes maior o estado americano do Texas. A Porção de Lixo Ocidental se forma a leste do Japão e a oeste do Havaí. Nestas regiões do oceano Pacífico, onde se localizam as manchas, as correntes marítimas se movimentam em círculos, conhecidas como Redemoinho Subtropical do Pacífico, ela junta e concentra os detritos. Os resíduos que entram nessas áreas, após vagarem pelos oceanos de todo o planeta, ficam presos nestas correntes, formando as manchas.

Cada massa de refugo que gira é maciça e recolhe o lixo de todo o mundo. As porções são ligadas por uma fina corrente de 3.720 km de comprimento chamada de Zona de Convergência Subtropical. Grande parte dessa sujeira é lançada no mar por navios e plataformas de petróleo. A outra parte é trazida por rios espalhados pelo mundo. Nos últimos dez anos, o volume de plástico no Pacífico mais do que triplicou.

correntes marinhasMas como esses resíduos muitas vezes carreados pelos rios conseguem chegar até os oceanos? - Através das correntes marítimas, como a Círculo Polar Antártica, que liga os três oceanos da Terra. Assim, grande parte dos resíduos do Atlântico e do Índico acaba se dirigindo para o Pacífico, mesmo que levem décadas percorrendo os mares do mundo. As Correntes oceânicas consistem em um movimento contínuo, dirigido de água do oceano gerada pela força e energia da quebra de ondas, movimentos dos ventos, temperatura e salinidade. Além disso, ainda existem as diferenças de marés causadas pela atração gravitacional da Lua.

Essas correntes podem fluir para grandes distâncias e criar um alto fluxo da correia* transportadora global, orientada por correntes chamadas de rios submarinos. Essa desempenha papel dominante na determinação do clima de regiões terrestres. Talvez o exemplo mais marcante esteja na Corrente do Golfo, que faz o noroeste da Europa ser temperada além do que qualquer outra região na mesma latitude. Outro exemplo é Lima, no Peru, onde o clima está mais frio do que as latitudes tropicais em que a área está localizada por causa do efeito da corrente de Humboldt.

O regime de ventos predominante no oceano Pacífico é responsável por dois grandes sistemas de correntes de superfície: A Corrente Equatorial Norte (CEN) e a Corrente Equatorial Sul (CES). Entre estas, flui a Contra-corrente Equatorial (CCE), no sentido Oeste-Leste.
Uma das ramificações mais importantes da CEN é a Corrente de Kuroshio (ou Corrente do Japão). As suas águas quentes aumentam a temperatura do ar ao longo do Japão e Tawian e são responsáveis pelo clima temperado destas regiões. Das ramificações da CES, destaca-se a Corrente do Peru (ou Corrente de Humboldt). Esta se associa ao maior fenômeno de upwelling* ou ressurgência** de todo o mundo. Além de serem importantes no estudo do lixo marinho, essas correntes também afetam as temperaturas em todo o mundo.

* A correia transportadora mundial começa com  a água fria em torno do Polo Norte e se dirige ao sul entre a América do Sul e a África, no rumo da Antártida, em parte direcionada pelas massas terrestres que encontra. Na Antártida, ela é recarregada com mais água fria e se divide em duas direções – uma seção se encaminha ao Oceano Índico e a outra ao Oceano Pacífico. À medida que as duas seções se aproximam do Equador, se aquecem e chegam à superfície, em um exemplo de deposito de lixo no pacificoressurgência. Quando não podem mais avançar, as duas seções retornam ao Oceano Atlântico Sul e por fim ao Oceano Atlântico Norte, onde o ciclo recomeça.

**Águas frias e ricas em nutrientes que sobem à superfície, fazendo com que essa área seja a zona de ressurgência mais produtiva de todos os oceanos.

 

Caro leitor (a), ao comparar o texto acima com a notícia de resíduos sólidos no assoalho oceânico podemos constatar que a situação é alarmante. Há urgência em ações continuadas na área costeira. A fiscalização dos órgãos responsáveis, como Secretarias, Institutos, Polícia e Guarda Ambiental devem fazer seu papel. Na área da Educação há muito que realizar. Contudo, temos que colocar “no outro” a responsabilidade que é de cada um de nós. Cuidar do ambiente que vivo é imprescindível, como diz um amigo, não dá para simplesmente mudarmos de planeta. É melhor cuidarmos da Terra com seus oceanos enquanto ainda há tempo.

"O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor." (Madre Teresa de Calcutá)

...E a sua gota, aonde está?...